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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

DONDE EU VIM? CAPÍTULO VII

Donde eu vim?

CAPÍTULO VII

Se eu contar ninguém acredita
Mas meus vestidos eram de chita
Já pulei amarelinha
Na igreja da vila fui cruzadinha
Ao pular corda o pé eu destronquei
A égua da charrete eu arriei
Tomei banho no açude
Joguei muito bolinha de gude
Levei sovas de meu pai
Sem poder dizer um "ai"
Fui à escola sem comer nada
Quando minha mãe estava acamada
Ia na missa de carroça
Quando chovia pisava na poça
Cabulei aula só de manha
Dor de barriga era a artimanha
Os terços noturnos na vizinhança
Não os perdi junto às crianças
Corri do touro malhado
Depois de tê-lo atiçado
Cantei com mamãe na varanda
Seu nome estranho era Irlanda
Coloquei vagalume no vidro
Achava tudo muito divertido
Dormi na tulha que delícia
Com os meninos não havia malícia
Lavei os pés de meu avô
Uma bacia era o ofurô
Também ajudava minha mãe na lida
Quando me chamava não tinha saída
Apesar de tantas peraltices assim
Nunca tive "vermelho" no boletim.
Hoje tudo está muito mudado
Porém a lembrança deste passado
Não há borracha que apague
Será sempre uma doce saudade...

mel - ((*_*))

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