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sexta-feira, 13 de agosto de 2010



Estávamos felizes com nosso primeiro filho. Ele dava um pouco mais de trabalho do que as demais crianças de sua idade. Nada preocupante, está tudo bem, diziam os pediatras.
Passado pouco mais de um ano, resolvemos que seria bom termos outro filho, uma vez que nosso projeto era de três.
A tal da pílula foi abolida novamente.
No mês seguinte, minha menstruação atrasou, atrasou, e não veio mais...
Pois não é que meu ginecologista tinha razão?
Sou mesmo uma parideira!
Depois de três meses consultei meu ginecologista, agora já mais amigo.
Ele acompanhou minha primeira gravidez, fez o parto de meu primeiro filho.
Na época, eu freqüentava uma clínica pediátrica, onde três profissionais da área atendiam.
Na falta de um, sempre havia outro para atender.
Agora lá estava eu com a mesma sensação. Só que desta vez não haveria surpresa .
Pediu o exame, por via das dúvidas, mas não havia .
Eu estava esperando meu segundo bebê.
O primeiro era homem, quem sabe agora viria uma menina!
Naquela época, não se fazia ultrassom com muita freqüência, só a partir do quinto mês,
se não me engano.
As visitas ao ginecologista não eram tão freqüentes como nos dias de hoje.
Nenhuma novidade, está tudo bem!
Nos primeiros meses, tudo correu normalmente, nada com que me preocupar, dizia meu médico.
Seria um parto normal, como da primeira vez.
Foi uma gravidez menos tranquila.
Minhas pernas doíam muito. O colo do útero também,  e o bebê pesava muito.
No início do oitavo mês, senti dores. Liguei para o médico.
-- Venha ainda hoje, lá pelas cinco horas. Não há de ser nada! Mas venha!
Meu marido estava viajando (trabalhava de vendedor, estava no Paraná).
Procurei então por uma amiga, minha vizinha da terceira casa.
Ela prontamente se ofereceu para levar-me ao consultório, e ficar com meu filho durante a consulta.
Eu não sabia dirigir naquela época e nem que soubesse, com aquele barrigão...
Durante a consulta o médico já quis me internar. Estava com dilatação.
Entrei em pânico!
Pedi ao médico para deixar-me voltar para casa a fim de tomar algumas providências.
Minha amiga vizinha da terceira casa esteve comigo, providenciando tudo:
Cancelamento da festinha de aniversário de meu pequeno.
Entrar em contato com minha empregada e buscá-la.
Conseguimos até descobrir onde estava meu marido e avisá-lo.
Sacola na mão e lá fomos nós ao hospital, já bem ao escurecer.
Eu e minha amiga vizinha da terceira casa.
Fiquei internada uma semana Voltei, porém com muitas recomendações.
Repouso absoluto. Cama!
Como o médico havia marcado, semana seguinte nova consulta.
Fiz-lhe muitas queixas, entre elas o fato de o bebê quase me desfalecer ao se mexer.
Exame de toque -- Êpa! Algo estranho! Mas não entrou em detalhes.
Ultrassom imediatamente!
Lá fomos nós, eu e minha amiga vizinha da terceira casa.
Vocês não fazem idéia da surpresa!
Aparelhinho pra cá, escorregando pra lá...
-- Opa! Achei! Aqui está o bebê! Espera!
-- Tem mais um!!! Olha ele aqui!
-- A senhora está grávida de gêmeos!           
Foi uma surpresa e tanto!  Novamente chorei e ri ao mesmo tempo.
Chorei de susto e de alegria.
Minha amiga vizinha da terceira casa ficou tão feliz quanto eu.
Meu marido providenciou sosinho mais roupinhas para os bebês.
Eu estava de repouso.
Dez dias depois, cesária marcada. Os bebês nasceram.
Dois meninos. Gêmeos bivitelinos.
Fortes! Saudáveis! Lindos!

Detalhe: Eu sempre digo que economizei um parto.
               Meu marido diz que perdeu uma tranza...

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