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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Meu Cantinho



No cantinho onde eu moro,
Não tem jeito de ficar sosinha,
Mesmo que todos vão embora,
Fica sempre uma andorinha.
Tem gansos, galinha e pavão,
Nem tem lugar pra solidão.
Aqui não tem tesouro escondido,
Pra que alguém venha procurar.
Vai dar de encontro à natureza,
Com muitos pássaros a cantar,
Nas árvores belas e frondosas,
Que miúdas nos pusemos a plantar.
Os ipês de várias cores,
Estão começando a florir.
E a paineira lá da entrada,
Já deixou toda florada cair.
Sibipurunas formam uma alameda,
Para quem quiser entrar,
Aí voce já sente o perfume,
Do manacá da serra querendo lhe acenar.

Quanto mais nele voce se adentra,
Lindas flores vão surgindo,
Desde a azaléia uma vez por ano,
Às primaveras sempre florindo.
Ah, também tem as orquídeas,
Nos troncos das árvores frondosas,
Elas gostam sempre de boa sombra
Ao contrário das lindas rosas.

Voce verá logo adiante.
Um grande e cuidado pomar,
Com muita manga, goiaba e amora.
Tudo no pé pra apanhar
Árvores frutíferas variadas,
Abacate, jabuticaba e acerola.
Laranja, limão, tangerina,
Tudo muito parecido
Com meus tempos de menina.

Ainda não falei dos animais,
Umas novilhas no pequeno pasto
Repartindo capim com carneirinhos.
O papagaio no cajueiro já gasto
E a visita de tres macaquinhos.
Que sempre estão pulando nos galhos,
Esperando banana e mamão fresquinhos.

Conto ainda com tres cães,
Que mais latem do que mordem.
É a Rebeca, Hércules e Sansão,
Sempre por perto quando podem
Mas se escondem de trovão.
O dia inteiro tem barulho.
Na madrugada o galo dá o sinal.
Alvorecer é dos passarinhos.
Sete horas chega o jornal,
Pão, manteiga, e de café o cheirinho.

Tudo isso não faço sosinha.
Meu esposo que vai pra cidade,
Mais tres auxiliares queridos,
A Nilda que limpa e cozinha,
Lenita e o João seu marido.
Faltou citar o Eduardo,
Meu filho especial já adulto,
Que requer muito cuidado,
Adoro falar dele,
Mas este será outro assunto.






PS. Transcrito do Blog Doce Mel

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